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| parede de concreto com sinais de corrosão nas armaduras ( vecteezy.com) |
A durabilidade das estruturas de concreto é fundamental para a segurança e a vida útil de qualquer edificação. Entre as patologias mais comuns, a oxidação das armaduras merece destaque, pois compromete diretamente a resistência estrutural e pode gerar manifestações visíveis como trincas, destacamentos e manchas no concreto.
Neste guia completo, você vai entender:
O que é oxidação das armaduras;
Principais causas;
Como identificar o problema;
Métodos de prevenção e correção.
As armaduras de aço inseridas no concreto trabalham em conjunto para resistir a esforços. O concreto, por sua alcalinidade natural, protege o aço contra corrosão. No entanto, quando esse ambiente protetor é rompido, a armadura fica exposta a agentes agressivos e sofre oxidação (corrosão).
Esse processo aumenta o volume do aço corroído, pressionando o concreto, o que leva ao surgimento de fissuras, trincas e desplacamentos.
A oxidação pode ocorrer por diferentes fatores, normalmente associados à execução ou ao ambiente:
Baixo cobrimento de concreto – espessura insuficiente para proteger a armadura.
Concreto de baixa qualidade – alta porosidade facilita a penetração de agentes agressivos.
Presença de cloretos – comum em regiões litorâneas ou ambientes industriais.
Carbonatação do concreto – reação do CO₂ que reduz a alcalinidade.
Infiltrações e fissuras pré-existentes – permitem a entrada de água e oxigênio.
Os principais agentes que aceleram a corrosão do aço no concreto são:
Cloretos (ambiente marinho, sais, contaminações).
Dióxido de carbono (CO₂) – causa carbonatação.
Sulfatos presentes em solos e águas agressivas.
Umidade e oxigênio, que alimentam o processo eletroquímico.
Durante a oxidação, formam-se óxidos e hidróxidos de ferro que ocupam até 6 vezes mais volume que o aço original. Esse aumento gera pressão interna no concreto, resultando em:
Fissuração paralela às barras de aço;
Trincas e destacamento do cobrimento;
Exposição da armadura a novos agentes agressivos.
A identificação precoce evita altos custos de recuperação. Métodos mais comuns:
Manchas de ferrugem;
Fissuras longitudinais;
Desplacamento do concreto;
Armadura exposta.
Os ensaios técnicos para deteção de problemas em concreto são métodos de inspeção e análise que servem para avaliar o estado do betão (concreto) e identificar patologias como fissuração, corrosão das armaduras, perda de resistência ou defeitos de execução. Dividem-se em ensaios destrutivos e ensaios não destrutivos:
Permitem avaliar a estrutura sem causar danos significativos:
Esclerometria (Martelo de Schmidt) → mede a dureza superficial e dá indícios da resistência do betão.
Ultrassons → avalia a uniformidade e presença de fissuras internas.
Pacometria → localiza armaduras e mede cobrimento (espessura do betão sobre o aço).
Potencial de corrosão (meio célula de cobre-cobre sulfato) → indica a probabilidade de corrosão nas armaduras.
Termografia infravermelha → detecta vazios, delaminações ou infiltrações.
Necessitam remover amostras de betão para análise:
Extração de carotes → permite medir diretamente a resistência à compressão.
Análise química → detecta cloretos, sulfatos e nível de carbonatação (causas de corrosão).
Ensaios de absorção capilar e permeabilidade → avaliam a capacidade de penetração de água e agentes agressivos.
O diagnóstico deve ser feito por especialistas, como:
Engenheiros civis estruturais;
Engenheiros patologistas de estruturas;
Laboratórios especializados em ensaios de concreto.
Isso garante um plano de correção seguro e eficaz.
A prevenção é sempre a solução mais barata e eficiente. Algumas medidas:
Controle de qualidade na execução da obra.
Concreto adequado e cobrimento conforme normas.
Manutenção preventiva com inspeções periódicas.
Uso de aditivos inibidores de corrosão.
Aplicação de revestimentos protetores (pinturas, hidrofugantes).
Bom detalhamento em projetos estruturais.
Quando já existe oxidação, as soluções variam conforme o nível de dano:
Remoção do concreto deteriorado e limpeza da armadura.
Passivação do aço com produtos anticorrosivos.
Recomposição do cobrimento com argamassas especiais.
Proteção catódica em casos avançados.
Reforço estrutural quando há perda significativa da seção da armadura.
A oxidação de armaduras em estruturas de concreto é uma patologia séria, que pode comprometer a segurança e gerar altos custos de recuperação.
Com inspeções periódicas, diagnóstico profissional e técnicas adequadas, é possível prolongar a vida útil da estrutura e evitar riscos.
👉 Se você identificou sinais de deterioração, procure um engenheiro especializado em patologia das construções.
A prevenção e o tratamento precoce são sempre as melhores soluções.
1. O que causa a oxidação da armadura no concreto?
Principalmente carbonatação, cloretos, infiltrações e baixo cobrimento.
2. Como saber se a estrutura está oxidando?
Manchas de ferrugem, fissuras longitudinais e destacamento do concreto são sinais comuns.
3. É possível recuperar estruturas com armaduras oxidadas?
Sim. Com limpeza, passivação, recomposição do cobrimento e, em casos graves, reforço estrutural.
4. Quem deve ser chamado para avaliar o problema?
Engenheiros civis especializados em estruturas e patologistas da construção.
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