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PAPO DE OBRA
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O objetivo dessa norma é estabelecer requisitos mínimos para reduzir os riscos causados por raios em edificações, instalações industriais, áreas abertas e outras estruturas.
O Brasil é um dos países com maior incidência de raios no mundo, e seguir essa norma é essencial não apenas para atender à legislação, mas também para proteger vidas, patrimônios e garantir a segurança das construções.
A norma é dividida em quatro partes:
Parte 1 – Princípios gerais: conceitos básicos, definições e requisitos fundamentais.
Parte 2 – Gerenciamento de risco: define os critérios de avaliação e níveis de proteção necessários.
Parte 3 – Danos físicos a estruturas e risco à vida: trata do dimensionamento dos sistemas de captação, descida e aterramento.
Parte 4 – Sistemas elétricos e eletrônicos internos: aborda medidas contra surtos elétricos e interferências.
Um sistema eficiente deve ser composto por:
Captores (hastes ou captores aéreos): instalados no topo das estruturas para interceptar a descarga.
Condutores de descida: conduzem a corrente elétrica até o solo.
Sistema de aterramento: hastes, cabos e malhas que dissipam a energia no solo.
Medidas de proteção internas: como dispositivos de proteção contra surtos (DPS) e equipotencialização.
O nível de proteção deve ser definido com base em análise de risco detalhada.
O sistema de aterramento deve garantir baixa resistência elétrica.
Sempre que possível, o aterramento deve ser integrado à armadura das fundações (eletrodo de fundação).
O projeto deve ser elaborado e acompanhado por profissional habilitado.
Devem ser realizadas inspeções e manutenções periódicas.
Sendo assim, após feita uma análise cautelosa de risco e definido o nível de proteção necessário, o projeto de fundação deve ser compatibilizado com o de SPDA, para que o aterramento inicie já com as armaduras da fundação por meio do eletrodo de fundação.
Malha externa de aterramento: rede enterrada ao redor da edificação, interligada ao SPDA.
Hastes de aterramento: hastes verticais de cobreado ou galvanizado, interligadas por cabos condutores.
Conexão ao bloco de fundação: quando acessível, é possível integrar condutores externos às armaduras do bloco.
Ensaios de medição: para confirmar se a resistência de aterramento está dentro dos limites recomendados.
Essas soluções ajudam, mas não substituem totalmente a eficiência de um projeto integrado desde o início.
Segurança das pessoas que utilizam a edificação.
Proteção de equipamentos sensíveis contra surtos elétricos.
Maior durabilidade estrutural, já que as descargas são conduzidas e dissipadas.
Redução de riscos de incêndio causados por descargas atmosféricas.
A proteção contra descargas atmosféricas deve ser pensada desde a concepção do projeto.
Integrar o SPDA ao sistema estrutural, especialmente utilizando o eletrodo de fundação, é a forma mais eficiente de garantir a segurança da edificação.
Quando isso não é feito desde o início, podem ser adotadas soluções externas, mas a prevenção e a compatibilização de projetos continuam sendo as estratégias mais seguras e econômicas a longo prazo.
O que é o eletrodo de fundação?
É a técnica de utilizar a armadura das fundações como parte do sistema de aterramento, proporcionando baixa resistência e alta confiabilidade quando corretamente projetado e executado.
O que fazer quando o aterramento não foi previsto na fundação?
Adotar soluções como malha externa e hastes interligadas, além de conexões ao bloco de fundação quando possível, sempre com medições para verificar a resistência de aterramento.
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